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Governo pode criar linha de crédito exclusiva para entregadores: saiba mais

O governo está planejando a criação de uma linha de crédito que atenda exclusivamente os entregadores de app, focando em suas necessidades e capacidades de pagamento.

No Brasil, mais de 1,66 milhões de pessoas atuam como motoristas ou entregadores vinculados a plataformas digitais. Desse total, aproximadamente 385,7 mil concentram-se exclusivamente na atividade de entrega, o que reforça a importância dessa função no contexto urbano e logístico das cidades.

Além disso, dados do IBGE revelam que cerca de 1,5 milhão de pessoas prestam serviços por meio de aplicativos, sendo que quase 40% delas — algo em torno de 589 mil — se dedicam à entrega de alimentos e produtos.

Esse contingente expressivo enfrenta desafios constantes, como a falta de garantias trabalhistas, a ausência de infraestrutura adequada para descanso e a dificuldade de acessar crédito para renovar ou adquirir veículos. Por isso, o debate sobre políticas públicas voltadas a essa categoria é importante.

O governo está se planejando para criar uma linha de crédito que atenda às necessidades de entregadores de app.
O governo está se planejando para criar uma linha de crédito que atenda às necessidades de entregadores de app. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Governo Lula prevê criação de linha de crédito para entregadores de app

O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propôs uma nova linha de crédito direcionada especificamente aos entregadores de aplicativo. Com essa medida, o objetivo central consiste em permitir que esses trabalhadores adquiram suas próprias motocicletas.

Isso acabaria otimizando as condições de trabalho e reduzindo a dependência de veículos alugados ou em más condições. Ao mesmo tempo, essa proposta oferece a segurança e a eficiência na prestação do serviço, já que veículos próprios e em bom estado garantem mais estabilidade no dia a dia das entregas.

Além da linha de crédito, Lula anunciou outra iniciativa voltada aos profissionais das estradas, como motoristas de caminhão, que também atuam por meio de plataformas. Em todas as novas concessões de rodovias, o governo pretende incluir áreas estruturadas de descanso.

Essas áreas oferecerão espaço adequado para repouso, segurança e até mesmo atendimento médico, o que amplia a proteção à saúde desses trabalhadores. Isso demonstra uma abordagem mais ampla do governo, que busca ir além do crédito e promover dignidade no ambiente de trabalho.

Por fim, o programa federal também incorpora ações coordenadas entre diferentes pastas. Por exemplo, o Ministério da Saúde, por meio da iniciativa “Agora Tem Especialistas”, prevê atendimento específico para motoristas e entregadores.

Essa medida inclui suporte médico nos pontos de descanso, contribuindo para a prevenção de doenças ocupacionais. Dessa forma, o governo aposta em uma política integrada que alia crédito, infraestrutura e saúde, com foco em melhorar de forma concreta a rotina dos entregadores de app em todo o país.

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Desafios na criação da linha de crédito para entregadores

Apesar da proposta representar um avanço significativo, a criação de uma linha de crédito exclusiva para entregadores enfrenta obstáculos importantes. Um dos principais desafios reside na informalidade que marca o setor.

Muitos entregadores não possuem registro formal de atividade, o que dificulta a comprovação de renda e, por consequência, o acesso ao financiamento em condições vantajosas. Sem garantias fixas, bancos e instituições financeiras podem resistir em liberar crédito, mesmo com subsídios públicos.

Outro entrave envolve a viabilidade econômica das parcelas mensais. Embora a proposta seja facilitar a compra da motocicleta, o pagamento das parcelas pode comprometer parte significativa da renda desses trabalhadores.

Vários entregadores já enfrentam custos elevados com combustível, manutenção e alimentação durante a jornada, o que reduz a margem disponível para assumir novos compromissos financeiros. Portanto, a linha de crédito precisa levar em conta as especificidades econômicas do cotidiano desses profissionais.

Adicionalmente, é necessário garantir que essa política chegue aos trabalhadores mais vulneráveis. Entregadores de regiões periféricas ou cidades menores muitas vezes não possuem acesso a agências bancárias, serviços digitais ou mesmo informações sobre os programas governamentais.

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Quanto ganha um entregador de app no Brasil?

A renda de um entregador de aplicativo no Brasil varia consideravelmente, oscilando entre R$ 1.980 e R$ 3.039 por mês, conforme dados de diferentes estudos. Essa variação depende de múltiplos fatores, começando pela jornada de trabalho.

Quanto mais horas diárias o entregador dedica à atividade, maior tende a ser sua remuneração. Muitos profissionais atuam mais de 10 horas por dia para alcançar uma renda compatível com o custo de vida em grandes centros urbanos.

Outro fator determinante está na quantidade de entregas realizadas diariamente. A lógica dos aplicativos remunera por entrega, de modo que a agilidade, o planejamento de rotas e o conhecimento da região podem impactar diretamente nos ganhos do trabalhador.

Quando há alta demanda, como em horários de pico ou dias chuvosos, as taxas sobem e geram melhores retornos. Entretanto, em momentos de baixa movimentação, os ganhos podem despencar, criando instabilidade na renda.

Além disso, a localização geográfica também influencia nos rendimentos. Regiões metropolitanas, por exemplo, concentram maior número de pedidos, o que favorece a atividade. Já cidades menores oferecem menos oportunidades e, consequentemente, remunerações mais modestas.

Ainda, algumas plataformas oferecem taxas mais atrativas, bonificações por metas e até assistência em manutenção, o que pode melhorar a renda líquida. Por isso, os entregadores avaliam constantemente as condições oferecidas por cada app para escolher onde atuar.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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